23/10/2017

A barragem da Samarco que rompeu perto de Mariana – e a longa luta por direitos e justiça

Por Assessoria de Comunicação CPT

A rede católica de organizações pelo desenvolvimento (CIDSE), juntamente a uma série de entidades brasileiras parceiras apresenta nessa segunda-feira (23), durante o início do grupo de trabalho das Nações Unidas sobre acordo que vincula empresas transnacionais aos direitos humanos, um dossiê online sobre o desastre de Mariana/Brasil.

A ruptura da barragem do Fundão, da empresa Samarco, fará dois anos em breve. Contudo, ainda não há perspectiva de ressarcimento a muitos dos afetados. Os responsáveis pela maior catástrofe ambiental do Brasil, a qual deixou um rastro de devastação em mais de 600 km, além de 19 vítimas, ainda não foram julgados. Os proprietários da Samarco, as mineradoras Vale e BHP Billiton negam qualquer responsabilidade e alegam que a Samarco tem natureza jurídica e administração próprias. Através deste caso dramático se pode demonstrar como é difícil para os afetados garantir seus direitos, quando se trata de uma grande empresa, a qual tem política e economicamente tantas possibilidades.

O processo do acordo da ONU sobre empresas transnacionais poderá amenizar situações como esta em longo prazo, se ele obrigá-las a se responsabilizarem sob suas filiais, subsidiárias e cadeias de distribuição e fornecimento. Os afetados teriam, assim, um melhor acesso a instrumentos jurídicos, também nos países que sediam multinacionais. Em curto prazo, é importante apoiar os atingidos em sua luta por direitos e justiças, assim como as organizações que os tem acompanhado.

Através da disseminação do dossiê nas mídias sociais e outros canais, se pode botar em pauta a injustiça e a urgência de colocar os direitos humanos acima de interesses econômicos. Em muitos países, uniu-se ao dossiê uma chamada: apoiar este acordo da ONU.  Acesse o dossiê em português

Petição

Assine a petição para a criação de um tratado internacional para assegurar a proteção dos direitos humanos das atividades das corporações transnacionais e outras empresas comerciais.

Fonte: Assessorias de Comunicação CPT
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