13/07/2018

Na terceira edição, curso debate perspectivas de compreensão das realidades dos povos indígenas no Brasil

Com 30 cursistas das cinco regiões do país, iniciativa propõe formação para apropriação de referenciais conceituais e legais que permitem o conhecimento e valorização da sociodiversidade indígena.

“Uma resposta da entidade a um grande volume de demanda da sociedade por uma formação qualificada sobre a temática” – Cleber César Buzatto, secretário executivo do Cimi

Por Marline Dassaler, missionária do Cimi e integrante do Coletivo Nacional de Formação da entidade

Iniciou no dia 09 de julho, no Centro de Formação Vicente Canãs, em Luziânia (GO), a terceira edição do Curso de Extensão em Histórias e Culturas Indígenas. A iniciativa é resultado da parceria entre o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Participam desta edição 30 cursistas das cinco regiões do país. 

Durante a apresentação dos participantes foi unânime a alegria dos cursistas de participar da terceira edição, tanto pelos objetivos do mesmo, quanto pela importância dos conteúdos que serão abordados para a aplicação na sua prática diária. Buscam o aprimoramento e qualificação de suas ações junto às comunidades indígenas. Todos os participantes atuam com indígenas nas suas regiões, mesmo que  indiretamente.

O curso se estenderá até o dia 28 de julho, com grade de 180 horas/aula.

Para Clóvis Antonio Brighenti, professor da UNILA e coordenador do curso, o sucesso das edições anteriores fez com que as instituições repetissem a formação. “A avaliação das edições anteriores foi muito positiva, estimulando assim, a continuidade do mesmo. Possivelmente, no próximo ano, ofereceremos uma pós-graduação com a mesma temática”.

Cleber César Buzatto, secretário executivo do Cimi e também coordenador do curso, reflete sobre a importância e realização de mais uma edição do curso para o Cimi. “Uma resposta da entidade a um grande volume de demanda da sociedade por uma formação qualificada sobre a temática e uma oportunidade especial de contribuirmos com a construção de visões e relações mais respeitosas de amplos setores da sociedade brasileira em relativamente aos povos originários”, expressa o missionário.  

Os participantes relatam que além dos conceitos que cada disciplina trará, também buscam uma desconstrução da forma de pensar e repassar a cultura e história dos povos. Afirmam buscar compreensão de alguns processos, tanto jurídicos, como históricos, antropológicos e políticos para qualificar sua atuação, além de poder refletir com indígenas e não indígenas uma nova forma de ver o “índio” no Brasil.

Segunda edição, em 2017, reuniu 38 pessoas de 15 estados. Foto: Guilherme Cavalli/Cimi

O grupo é composto por mulheres e homens de diversos campos da ciência e das lutas sociais e populares. Há acadêmicos de Direito, Pedagogia, educadores dos ensinos fundamental, médio e universitário, além de advogados, psicólogos, historiadores, servidores públicos e religiosas e religiosos.

O curso se estenderá até o dia 28 de julho, com grade de 180 horas/aula. As temáticas abordadas no curso de extensão são História e Resistência Indígena, Terra, Território e territorialidade e sua relação com práticas e saberes ambientais, Direitos indígenas: legislação e mobilização política dos Povos Indígenas, Os projetos de Bem Viver como crítica radical ao Capitalismo, Antropologia Indígena, Conjuntura Política Indigenista e questão metodológica de elaboração do trabalho final.

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